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Por Juliene Moretti
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Conheça Serginho Rezende, responsável pela banda do ‘Só Toca Top’

No seu estúdio Comando S, o produtor musical é responsável pela produção das músicas do programa

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 out 2018, 17h09 - Publicado em 17 out 2018, 17h08

Desde julho, o programa Só Toca Top, sob o comando de Fernanda Souza e Luan Santana, tem empolgado o público. Lá, os artistas com maior relevância nacional e aqueles que são as apostas (bem das certeiras), se apresentam no palco, acompanhados da banda do programa. Por trás da parte musical, na direção musical dos instrumentistas e produção dos arranjos está o baiano Serginho Rezende. “Quando fui convidado, sabia que tinha de encontrar a banda perfeita e com músicos mais versáteis – que conseguissem migrar do sertanejo para o funk, rap e pop”, conta.

Na escalação estão Ricardo Prado (acordeão, violão e teclado), Nathalie Alvim (backing vocal), Tibless (backing vocal), Magno Vito (baixista), Lucas Rezende (baterista), Michele Cordeiro (guitarra, violão e cavaquinho), Michelle Abu (percussionista) e Tiago Occilupo (tecladista e também na produção). “Vira e mexe, as estrelas que passam lá querem roubar um deles da gente”, diverte-se.

OS BASTIDORES DO PROGRAMA

Toda quarta-feira, a turma recebe as músicas que vão entrar no roteiro do programa. “Estudo como são as faixas ao vivo, como os artistas apresentam e em seguida, trabalhamos os arranjos com a banda”, conta. A gravação é feita na segunda-feira, na TV Globo, em São Paulo. “Eles enviam o material musical bruto para a gente e de terça a quinta, editamos as canções, corrigimos, aumentamos o volume e na sexta-feira, entra no ar no Multishow”, explica.

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Para ele, o programa traz desafios. “Tenho ouvido sons que não estavam no meu radar e fiquei impressionado de ver como os novos artistas emocionam”, diz. Segundo ele, Vitor Kley, dono do hit O Sol, que participou do piloto, é um dos que chamou atenção. “Ele consegue transmitir a leveza da música para o ambiente e foi muito bonito o momento”, conta. Outro nome, já consagrado que na opinião dele movimentou a plateia, foi a Joelma. “Ela foi tão criticada e de repente, leva uma energia… tem muito talento”, conta. Outras descobertas estão os meninos do funk, como Kekel. “Um bom artista é aquele que desperta emoções e essas pode até ser raiva. Não tem que agradar todo mundo mesmo”, diz.

Só Toca Top: programa musical na Rede Globo (Reprodução/Veja SP)

ENTRE A ENGENHARIA E A MÚSICA

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Nascido no interior da Bahia, numa cidadezinha chamada Amargorosa, foi para Salvador aos 17 anos estudar engenharia. Dividia o tempo entre a faculdade e a música, especialmente percussão. A mudança de interesse veio de vez quando foi indicado a um prêmio na Bahia como um dos melhores instrumentistas. “Fiz o cálculo: eu dedicava 90% do meu tempo aos estudos de engenharia e 10% para a música. Fui colocado como um dos melhores músicos, mas eu duvido que seria indicado como um engenheiro de destaque. Passei a me dedicar mais à música”, lembra.

Na empreitada, fez cursos de engenharia de som, produção musical, aprendeu a mexer com softwares, se dedicou a muitos outros instrumentos. Decidiu que queria compor e assim, buscou nas livrarias, os mais diferentes livros de poesia. “Eu sabia mexer com números, não com as letras, e queria aprender.”

Durante os dois primeiros anos em São Paulo, a gravadora bancou ele e outros sete integrantes da banda de reggae-pop Nadegueto, com a condição de gravar discos, fazer shows e participar de programas de TV. No entanto, era os anos 90 e o pagode dominava as paradas. “E se a gente falasse que era da Bahia, já nos classificavam como axé. “, afirma.

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Em uma das apresentações, por exemplo, chegaram a ser vaiados. “Abrimos para o Negritude e estavam atrasados, quando entramos com reggae, jogaram latinhas na gente”, diverte-se. “Foi bom para criar casca”, explica. Não que eles precisassem: ele conta que tocava com a Margareth Menezes; o baixista estava no Olodum; o tecladista no Araketu; e o saxofonista, na Banda Beijo. Logo, todo mundo com muita experiência.

ESTÚDIO PRÓPRIO NA LAPA

Com os estudos, acabou conhecendo Luciano Kurban, que o levou ao Voicez Studio e por lá, se dedicou às trilhas de propaganda. Entre os destaques estavam o comercial da Pepsi, com o duelo do Guga e Denílson. Além disso, conheceu o diretor Fernando Meirelles, com quem trabalhou no piloto de um curta que deu origem ao Palace II.

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Há quinze anos, Serginho mantém numa casa na Lapa o seu estúdio próprio, Comando S, atualmente com 27 funcionários e nove salas técnicas. “Fiquei sete anos na Voicez e achei que precisava mudar e desenvolver outras habilidades e voltar um pouco mais para a música”, conta. Lá, não largou a mão das trilhas dos comerciais. Já com um ano de empresa, ganhou destaque com o som da propaganda do carro Tiida, da Nissan, batizada de Não Tem Cara de Tiozão.

SUCESSO NA GLOBO

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Foi nesse embalo que participou da trilha do Criança Esperança da Rede Globo e depois produziu os arranjos da campanha de fim de ano da emissora. “É um clássico! A gente precisa impressionar sempre e toda vez que terminamos, o pensamento é o mesmo: e agora, como superar?”

O programa Só Toca Top é um dos projetos queridos e a agenda está cheia. “Era para terminar agora em outubro, foi estendido até dezembro e deve voltar no ano que vem, já em março”, diz.

 

 

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