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Anielle Franco, irmã de Marielle, relata que foi hostilizada na rua

Segundo o depoimento, ela estava acompanhada da filha de dois anos de idade

Por Da Redação
Atualizado em 9 out 2018, 10h51 - Publicado em 9 out 2018, 10h47

Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, brutalmente assassinada em março deste ano, usou sua conta no Facebook para relatar um episódio de hostilização em público.

Ela conta que estava na rua com filha de dois anos de idade no colo quando foi parada por homens gritando em sua direção.

Eles diziam palavras de ordem e usavam expressões como “piranha” e “sai daí [sic], feminista”, segundo o relato. O texto ainda menciona que nenhuma das duas carregava qualquer símbolo partidário ou identificação de ideologia, mas que eles vestiam trajes com imagens do candidato do PSL à presidência Jair Bolsonaro.

“Algumas pessoas me reconhecem na rua e se aproximam para desejar seus sentimentos. Outros fazem isso”, escreveu. “Hoje eu tive medo! Medo mesmo. Não deveria, mas tive. Foi assustador. Ainda mais com minha filha no colo”.

O grupo não foi identificado, nem se manifestou via redes sociais.

Leia o texto completo:

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Medo!!!!

Desde o dia 14 de Março eu assumi um outro lugar de fala. Lugar esse que me foi imposto. Eu preferia ela viva do que ter que passar e aturar o que tô passando. Digo isso de pessoas até fatos!

Comecei a falar pela família da vereadora morta/assassinada cruelmente, e com isso algumas pessoas passaram a me reconhecer na rua.

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Uns reconhecem pra dizer apenas meus sentimentos.. outros.. isso👇🏾👇🏾👇🏾👇🏾👇🏾👇🏾

Hoje, com minha filha de dois anos no colo, andando na rua, próximo a um shopping, sem nenhum adesivo, nenhum broche, nenhuma camisa, nenhuma bandeira (era só eu e Mariah, ela com roupa de creche e eu com roupa de trabalho) recebi gritos na minha cara – Repito: Gritos na minha cara – e consequentemente na dela (que ficou assustada claro) Gritos de que eu era “da esquerda de merda” “Sai dai feminista” “Bolsonaro… Piranhaaa” de homens devidamente uniformizados com a camisa do tal candidato.

Hoje eu tive medo! Medo mesmo. Não deveria, mas tive. Foi assustador. Ainda mais com minha filha no colo. Eu sozinha teria sido outra história (quem me conhece sabe)!

Bom, não estou escrevendo pra que ninguém tenha pena. Mas para que repensem a sua maneira de fazer política. Por conta de um antipetismo vcs preferem propagar o ódio e a violência?! O seu candidato, em suma, defende esse tipo de postura, e outras coisa bem piores! Pensem bem!

Por fim..Seguimos na luta! Por aqui vai ter luta sim! Hoje e sempre. Na verdade sempre teve. Nossa luta vem de muito antes disso tudo. Essa luta não acaba dia 27. Nem hj, nem ano que vem, nem muito menos em 2020. Ela vai muito além. Ela se intensifica. Ela vira pública. Ela ganha força, apoio e forma!”

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