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Júri condena mais 15 PMs pelo massacre do Carandiru

Jurados impõem pena de 48 anos de cadeia para cada policial que invadiu o 3º andar da extinta Casa de Detenção de São Paulo

Por Da Redação
2 abr 2014, 18h55

Após quase 22 anos, o Tribunal do Júri de São Paulo condenou nesta quarta-feira quinze policiais militares a 48 anos de prisão cada um por participar do chamado massacre do Carandiru. Eles foram sentenciados pela morte de quatro presos durante a invasão policial ao presídio, determinada depois de uma rebelião ocorrida em outubro de 1992. A condenação dos PMs encerra a última fase do julgamento na primeira instância da Justiça paulista. Os réus ainda podem recorrer – em liberdade.

Os PMs condenados hoje pelo Júri pertenciam ao Comando de Operações Especiais (Coe). A tropa invadiu o 3º andar da extinta Casa de Detenção de São Paulo. Eles eram acusados de oito mortes, mas, a pedido do Ministério Público, os jurados absolveram os réus por quatro mortes provocadas por arma branca.

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Durante o julgamento, a acusação mostrou evidências de execução dos detentos por policiais com armas de fogo, já que a perícia constatou tiros na cabeça e nas costas. Ao todo, 111 presos morreram no massacre. O Júri teve quatro fases – de acordo com os pavimentos do Pavilhão 9, onde os assassinatos ocorreram – e terminou com 73 PMs condenados a penas que variam de 48 a 624 anos de detenção.

A maior pena havia sido aplicada ao coronel Ubiratan Guimarães, comandante da operação, acusado por todas as 111 mortes dentro do complexo penitenciário. Condenado a 632 anos de prisão, em 2006, ele morreu no mesmo ano sem cumprir a pena, por ter sido absolvido em recurso pelo Tribunal de Justiça.

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A segunda pena mais longa foi imposta aos 25 PMs das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), por envolvimento em 53 assassinatos no cárcere. Os policiais da Rota foram condenados, cada um, a 624 anos de prisão.

Em março de 2014, os jurados condenaram nove PMs a 96 anos de prisão e um PM a 104 anos de cadeia pela morte de oito detentos, apesar de a promotoria acusar por dez assassinatos. O júri começou em abril de 2013, ocasião em que 23 policiais militares foram condenados a 156 anos de prisão pela morte de treze presos.

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