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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Quais são as séries (realmente) originais do Netflix?

Nos últimos anos, o Netflix vem dominando o serviço de streaming dos EUA e de outros países, como o Brasil. Em parte, graças à estratégia de investir em uma produção própria (também chamada de produção original). Esta semana, David Wells, chefe do setor de finanças do Netflix americano, anunciou aos seus investidores que em até […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 30 jul 2020, 21h45 - Publicado em 24 set 2016, 11h12

Netflix

Nos últimos anos, o Netflix vem dominando o serviço de streaming dos EUA e de outros países, como o Brasil. Em parte, graças à estratégia de investir em uma produção própria (também chamada de produção original).

Esta semana, David Wells, chefe do setor de finanças do Netflix americano, anunciou aos seus investidores que em até dois anos, o catálogo do serviço de streaming será formado por 50% de produções originais. Para alcançar este objetivo, em 2017 o orçamento passará de 5 para mais de 6 bilhões de dólares. Considerando que o conteúdo do Netflix é diferente em cada país em que opera, Wells não deixou claro se esta meta de 50% vale para todos os países ou apenas para o catálogo americano.

Seja como for, isto não significa, no entanto, que todos os títulos destes 50% anunciados serão, de fato, produções originais do Netflix. Segundo o próprio Wells, metade, ou seja, 25%, será composto de produções de outros canais ou serviços de streaming regionais, que terão seus direitos de exibição adquiridos.

Esta já é uma estratégia adotada há alguns anos. Embora sejam anunciados como ‘séries originais’, vários títulos que já constam do catálogo deveriam ser divulgados como ‘séries exclusivas’. Porque, afinal, é o que elas são.

Quando o assinante acessa a página de entrada do serviço de streaming, ele encontra no alto, à esquerda, um link de Navegador, no qual consta a opção ‘Originais’. Ao clicar neste link, o assinante entra em uma página na qual estão listadas todas as produções divulgadas pelo Netflix como próprias. Vale lembrar que a opção ‘Originais’ não é fixa, tem vezes que ela aparece, tem vezes que não (coisas do Netflix).

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No Brasil (lembrando que nos EUA o catálogo é muito maior), são divulgadas como originais um total de 47 séries ficcionais voltadas para o público adulto. Destas, 31 são, de fato, produções (ou coproduções) encomendadas pelo Netflix. Os 16 restantes são títulos que foram exibidos em seu país de origem pelos canais que os encomendaram. Eles aparecem como ‘produção original’, porque o Netflix pagou um valor maior para colocar sua ‘marca’ na série. Enquanto durar o contrato, o serviço de streaming terá o direito de exibição exclusivo na Internet (ou até mesmo em relação a outros canais, dependendo do acordo que foi firmado entre as partes).

As produções, realmente, originais do Netflix são: Easy, Narcos, Stranger Things, F is For Family, Wet Hot American Summer, Fuller House, Master of None, Unbreakable Kimmy Schmidt, Love, Jessica Jones, O Demolidor, Marco Polo, Arrested Development (apenas a 4ªT), The Killing (apenas a 4ªT), Flacked, The Ranch, Marseille, Sense8, Lilyhammer (apenas as duas últimas temporadas), Lovesick/Scrotal Recall (apenas a 2ª temporada), BoJack Horseman, The Get Down, Grace and Frankie, Orange is the New Black, Between (coprodução com canal canadense), House of Cards, Club de Cuervos, Lady Dynamite, Hemlock Grove, Bloodline e Hibana.

Já os títulos que receberam a marca Netflix, mas que não são de fato produções encomendadas pelo serviço de streaming são: Marcella, River, Orphan Black, Rebellion, Um Drink no Inferno, Cuckoo, The Returned, Scream, Shadowhunters, Pompidou, Degrassi, The Fall, Better Call Saul, Derek, A Very Secret Service e a japonesa Atelier/Underwear (sendo que o Netflix aparece como distribuidor de Marcella e de Atelier, o que pode ter lhe dado status de coprodutor).

Entre este ano e 2017, já estão programadas a estreia de mais 23 títulos de séries ficcionais voltadas para o público adulto. Destas, dezenove são de fato do Netflix (produção ou coprodução); as outras quatro foram adquiridas (Designated Survivor, Jornada nas Estrelas: Discovery, Dirk Gently’s Holistic Detective Agency Mystery Science Theater 3000).

O fato do Netflix ter um contrato exclusivo de exibição de alguns títulos não significa que eles não possam ser lançados em home video. Mesmo as séries produzidas para o serviço de streaming estão liberadas. Isto porque elas pertencem aos estúdios que as produzem que, pelo contrato firmado, podem lançá-las em outras mídias, como é o caso de House of Cards, Hemlock Grove e de Orange is the New Black, que já estão disponíveis no mercado de DVD e Blu-Ray do Brasil.

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A estratégia de adquirir exclusividade de produções de terceiros é louvável, já que permite ao assinante acesso rápido a títulos de canais de diferentes países que, muito provavelmente, demorariam ou nem chegariam ao Brasil. Mas para ser ‘perfeito’, como ele quer, falta o Netflix abrir seu catálogo (completo) a todos os países onde opera, tornando-o homogêneo (ou o mais homogêneo possível, considerando os contratos prévios estabelecidos entre produtoras e outros veículos em cada país).

Sempre que inaugura seu serviço em algum lugar do mundo (a exemplo da Turquia e da Polônia este mês), o Netflix adquire títulos já produzidos por canais locais para seu catálogo e inicia os acordos necessários para começar uma produção original no país. Mas nem todos estes títulos ‘viajam pelo mundo’.

Esta seleção não está limitada às ‘séries exclusivas’, ela se estende também às ‘séries originais’, a exemplo de Longmire, resgatada do cancelamento pelo Netflix, mas cuja quinta temporada somente foi liberada para os assinantes dos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. No Brasil, a série chegou pelo A&E, que tem direito sobre as quatro primeiras temporadas.

Aproveitando que estamos dando sugestões, o Netflix também poderia considerar aprimorar a pesquisa avançada para seus títulos, como por exemplo, oferecer uma busca por país, ano/década de produção, e canais de origem, bem como aprimorar a pesquisa por temas (que está deficitária) ou por formatos (já que, ao se clicar em ‘Séries’, não aparece a lista completa dos títulos que estão no catálogo, o qual não está disponível por ordem alfabética). Em resumo, a pesquisa Netflix está extremamente precária para um serviço que se apresenta como a melhor opção em streaming.

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