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COMER & BEBER 2016/2017: Leblon e São Conrado – Bares

Confira a seleção dos melhores endereços dessa região

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 jul 2017, 17h06 - Publicado em 28 jul 2017, 15h35

A edição especial VEJA COMER & BEBER Rio apresenta os melhores bares da cidade. Abaixo, a seleção completa:

Azur: Pedro de Artagão, o prestigiado chef à frente dos restaurantes Irajá Gastrô, Cozinha Artagão e Formidable Bistrot, adotou um quiosque na praia. O nome vem de sua inspiração maior: os estabelecimentos da Côte d’Azur, no litoral sul da França, banhado pelo Mar Mediterrâneo. Por aqui também o cardápio e a vista privilegiada dividem as atenções. Entre os itens frios, o polvo ao vinagrete (R$ 71,00 a meia-porção) concorre com carnudas ostras (R$ 6,00 a unidade). Há pastéis em sabores que mudam diariamente (R$ 12,00 cada um) e empadas como a de cavaca (R$ 22,00), que, apesar do preço, já tem seus fãs. Homenagem à boemia carioca, o sanduba de pernil com queijo e abacaxi é delicioso (R$ 22,00). A atraente carta de vinhos da sommelière Julieta Carrizo rivaliza com os drinques. Na segunda lista, o rosazur combina vinho rosé, uva rubi, morango, tangerina e soda na jarra de 1 litro (R$ 148,00). A seção de gins-tônicas funciona assim: o cliente escolhe o gim, do Bulldog (R$ 32,00) ao prestigiado Monkey 47 (R$ 58,00), e o combina com sabores como caju e frutas vermelhas, entre outros.

Bar Antuérpia: Em São Mateus, distrito de Juiz de Fora, Minas Gerais, a fábrica da Antuérpia abriga a produção de muitas cervejarias ciganas cariocas. Natural, portanto, a escolha do Rio para a instalação de um bar próprio. Com salão pequeno e mesas na calçada, o posto avançado serve chope fresco em doze torneiras. Dessas, oito vertem criações da própria cervejaria. As demais estão reservadas a parceiros — uma é exclusiva da Hocus Pocus. Entre os chopes da casa, em copo de 200 mililitros, estilos como pilsen (R$ 6,90), red ale (R$ 7,90), IPA (R$ 9,90) e tripel (R$ 9,90) costumam estar sempre plugados. O cardápio é enxuto, mas eficiente. São boas pedidas o ceviche peruano clássico (R$ 19,90 a meia-porção), o sanduíche de queijo brie com geleia de damasco (R$ 27,90) e o queijo camembert no forno coroado por melado picante (R$ 39,90). São oferecidos growlers para quem quiser levar o chope para casa. Vazios, o de plástico, de 1 litro, custa R$ 5,90, enquanto o de vidro, com 1,89 litro, sai por R$ 44,90.

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Bar do Bacana: Também à frente da rede Belmonte, com uma badalada filial ali por perto, o bem­-sucedido empresário Antônio Rodrigues — que começou a carreira no Rio como servente em um boteco de Niterói — optou pela simplicidade em sua outra empreitada no bairro. Azulejos azuis e brancos se espalham por balcão, estante de bebidas e paredes. O chope, aqui, dá lugar a cascos gelados de Antarctica (R$ 9,90), Original, Brahma Extra e Serramalte (R$ 12,90 cada uma). Durante o dia, trabalhadores das redondezas procuram o almoço executivo a preços convidativos. Duas sugestões: pernil com salada de batatas (R$ 19,90) e filé de frango à campanha com fritas, feijão, arroz e farofa (R$ 20,00). Ao entardecer, entram em cena petiscos, a exemplo do filé aperitivo acebolado servido com pão italiano e farofa (R$ 44,90) e do escondidinho de camarão (R$ 45,90). Na happy hour, também fazem sucesso as caipivodcas — a de tangerina com gengibre (R$ 19,90) é aposta sem erro.

Botequim Informal: A rede já foi mais espalhada pela cidade. Nas atuais unidades, o chope Brahma, de colarinho cremoso (R$ 5,50 a caldeireta), é bem tratado. Em garrafa, há cerveja das marcas Original (R$ 10,90) e Serramalte (R$ 13,00). A coxinha da casa, recheada de frango e catupiry (R$ 15,90, duas unidades), é pedida atraente, mas os carros­-chefe são mesmo as fartas chapas. Na mineirinho chegam iscas de mignon com cebola e aipim frito coberto por queijo (R$ 79,90), enquanto a carioquinha reúne frango, mussarela, gorgonzola, cebola e fritas (R$ 69,90).

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Bracarense: Esqueça a tradicional tulipa. Neste bastião da boemia do Leblon o chope Brahma, sempre cremoso e gelado, como manda o figurino, chega em um copo longo de suco (R$ 7,50, 300 mililitros). O garotinho (R$ 5,50) e a caldeireta (R$ 9,70) estão disponíveis, mas poucos optam por subverter a tradição na casa já citada no jornal The New York Times. No balcão ou nas mesas da calçada, acompanhe seu chope provando os clássicos e deliciosos quitutes locais. Criado pela cozinheira Alaíde Carneiro (hoje sócia do Chico & Alaíde) e o mais pedido, o bolinho de aipim com camarão e catupiry é leve e delicioso (R$ 5,50 a unidade). Também valem a visita o bolinho gente boa, de linguiça e jiló (R$ 5,50), e a empada aberta de carne-seca com catupiry, de massa leve e recheio saboroso, servida na própria forminha (R$ 7,30). Clássico, o sanduíche de pernil com queijo e abacaxi custa R$ 19,50. Os pratos do almoço mudam diariamente: o festejado bobó de camarão é servido apenas às quartas e mata a fome de duas pessoas (R$ 46,50).

brewteco
Brewteco: lugar é ponto de encontro de apreciadores de cerveja (Divulgação)

Brewteco: Empolgados com o sucesso das 21 torneiras na filial da Barra — alvo de 1 voto na categoria Chope nesta edição do COMER & BEBER —, os sócios do negócio cervejeiro decidiram mexer na matriz. No Leblon, geladeiras re­pletas deram lugar à câmara fria que abastece quinze torneiras. Nos dois endereços não há rótulo fixo, mas sempre dão as caras criações locais, como Hocus Pocus, 3Cariocas e Three Monkeys. Da lista mais comum, há cascos de Eisenbahn e Heineken (R$ 11,00 cada um). Os pedidos da cozinha podem ser a linguiça artesanal recheada de queijo com duo de mostardas e pão de malte (R$ 32,00) ou os bolinhos de cevada, bacon e linguiça acompanhados de aïoli e limão-siciliano — no Leblon a porção traz oito unidades (R$ 25,00) e na Barra chega com doze (R$ 29,00). É exclusividade da Zona Oeste a animada roda de samba que acontece no primeiro domingo do mês.

Casa Clipper: Intransitável nos dias de festejos das conquistas de times cariocas, regadas a chope Brahma gelado (R$ 6,00 a tulipa) e caipirinha clássica de limão (R$ 16,00), o lugar de simplicidade franciscana vale a visita em momentos de sossego. Lugares no pequeno balcão são disputados, assim com as poucas mesas na calçada. No reduto de donos portugueses, o bolinho de bacalhau é um primor (R$ 8,00 a unidade; R$ 60,00 a porção com vinte, em tamanho menor). Há dicas mais robustas. Uma delas é o italiano: porção de tiras de mignon empanadas, cobertas por queijo e ladeadas por fritas (R$ 75,00). O baiano traz camarões ao alho e óleo gratinados com catupiry, acompanhados de nacos crocantes de aipim (R$ 75,00). Na hora do almoço, às segundas, uma festejada rabada com agrião e batatas é servida por R$ 24,00. A feijoada completa entra em cena na sexta e no sábado (R$ 58,00). Curiosidade para a clientela da Zona Sul: uma filial da casa funciona na Ilha do Governador desde 2008.

Dupla dinâmica
Chico e Alaíde: dupla dinâmica (Rafael Andrade/Folhapress)

Chico e Alaíde: Francisco Chagas, o Chico, e Alaíde Carneiro ganharam fama como garçom (além de exímio tirador de chope) e cozinheira quando trabalhavam no Bracarense. Foi tanta fama, aliás, que o negócio próprio tornou-se consequência natural. No pequeno salão, no deque da varanda ou na calçada mesmo, o chope Brahma, na tulipa (R$ 7,50) e na caldeireta de 400 mililitros (R$ 9,80), é servido segundo as instruções do chefe. Completam o programa os petiscos que, reza a lenda, Alaíde tira de seus sonhos, anota numa caderneta e leva para o fogão. O bolinho com seu nome tem massa leve de aipim recheada de camarão e catupiry (R$ 7,00). Outro clássico é o cascudinho de baião de dois, adaptação da receita típica em saboroso salgado (R$ 9,00). Pelo mesmo preço, vale provar também o bolinho de caruru com vatapá, quase um miniacarajé. Mas a sensação, de fato, é o choquinho: trata-se de um camarão grande com catupiry em uma crosta de batata palha (R$ 22,00). Imperdível.

Desacato: No endereço espaçoso, a varanda sobre o deque ganhou novas plantas e o salão foi arejado por uma parede de tijolos de demolição. Agora, também as cervejas, o ponto forte, concorrem com a carta de vinhos assinada pelo experiente sommelier Celio Alzer. Entre as sugestões da segunda lista, o sul-africano Niel Joubert é um sauvignon blanc aromático, ideal para dias de calor (R$ 82,00). O chope Brahma pode ser pedido na caneca zero grau (R$ 7,60, 330 mililitros) ou na caldeireta (R$ 6,80). Também há cascos de Original, Bohemia e Serramalte (R$ 12,50 cada um), preservados em baldes de gelo. De produção própria, a porção de minicoxinhas com catupiry é acompanhada de porção extra do queijo cremoso (R$ 28,00, oito unidades). Aviso: as noites de terça são dedicadas ao jazz e, na quinta, entra em cena o esquema de voz e violão. O som acontece de 19h a 22h, e não há cobrança de couvert artístico.

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Diagonal: Assim como o vizinho Pizzaria Guanabara, a casa foi cenário do auge da boemia no Baixo Leblon. Não foram poucas as vezes que nomes como Cazuza e Tim Maia beberam por lá até altas horas. A dica, hoje, é acomodar-se no salão, de preferência perto da varanda, para acompanhar o movimento. O chope é Brahma (R$ 7,90, a tulipa), mas também há caipivodcas nos sabores limão, lima, tangerina, abacaxi, morango, maracujá ou kiwi (R$ 20,00 cada pedido). Da cozinha saem aos montes pastéis fritos na hora, de carne, queijo (R$ 20,00), carne-seca com catupiry (R$ 25,00) ou camarão (R$ 27,00), em porções de quatro unidades. As pizzas finas de massa preparada com leite, no lugar de água, têm uma legião de fãs. A diagonal, de mussarela, mussarela de búfala, rúcula, tomate seco e palmito, pode chegar nos tamanhos brotinho (R$ 38,00) ou grande (R$ 63,00). Outro caminho é a opulenta picanha na chapa (R$ 142,00). Chega à mesa 1 quilo da carne fatiada que dá direito a três acompanhamentos. Fritas, farofa brasileira e arroz maluco é a recomendação.

Dry Martini Rio: Dentro de um hotel cinco-estrelas, o reduto luxuoso é filial da rede criada pelo mixologista espanhol Javier de Las Muelas, com unidades em Madri, Barcelona, Singapura e Londres. No salão elegante, os visitantes acomodam-se no balcão, na mesa coletiva ou em confortáveis poltronas ao redor de mesas baixas. O drinque que batiza a casa é feito com gim Bombay e Martini extra dry. Outra sugestão, o dirty leva ainda água de azeitona, realçando o toque salgado do preparo. Variação de um clássico, o scented negroni acrescenta ao trio gim, vermute rosso e Campari gotas do Droplets de alecrim, um bitter sem álcool criado por Javier. Na ala das caipirinhas, sugestão necessária em função dos turistas, a green sensation combina cachaça, kiwi, licor de maçã e gengibre. Os quatro coquetéis citados têm o mesmo preço: R$ 35,00. O curto cardápio de comes traz escolhas acertadas, como o carpaccio de vitela (R$ 45,00) ou a porção de lula à dorée (R$ 40,00).

Garoa bitter mix: mix de amargos com soda artesanal de grapefruit e tangerina em copo defumado (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

Garoa Bar Lounge: A chuva fina que teima em cair sobre a cidade de Santiago de Compostela, na Espanha, deu nome ao pub aberto em 1997 por lá e, desde dezembro de 2016, com filial no Rio. No Leblon, a casa, comandada por três irmãos cariocas criados na Galícia, atrai público acima dos 30 anos e tem decoração moderna, trilha sonora lounge tocada por DJs e ótimos drinques. Separado da varanda por um painel de cobogó, o salão tem parede de tijolos rústicos aparentes de um lado e de cimento queimado do outro, sofás de veludo e poltronas estampadas. No balcão, ao fundo, o barman Igor Renovato, com passagem pelo Bar dos Descasados e pelo Alice Bar, elabora coquetéis clássicos, além de receitas autorais surpreendentes, a exemplo do garoa bitter mix: bourbon, bitter, vermute e Campari com suco de limão e soda artesanal de grapefruit, no copo defumado em casca de macieira (R$ 36,00). Mais frutado, o madona (R$ 34,00) reúne gim, morango, bitter de hibisco, xarope de gengibre e espumante no topo. Para beliscar, a lista enxuta inclui tábua de embutidos espanhóis (R$ 75,00) e tartare de salmão (R$ 37,00).

Herr Pfeffer: Em português, o nome significa “Senhor Pimenta”. Trata-se de uma singela homenagem ao alemão Holf Pfeffer, criador da Adega do Pimenta, em Santa Teresa, espécie de matriz do negócio do Leblon. No Leblon, o sommelier de cervejas Fabio Santos, filho de William Guedes, o sucessor de Guedes nos negócios, reuniu na carta quase 200 rótulos. Entre as pedidas locais estão a W*Kattz Kölsch (R$ 28,90; 500 mililitros), de sabor maltado, e a Ipanema, session IPA da 3Cariocas (R$ 31,90; 500 mililitros), com delicioso aroma de lúpulo. Na ala das importadas figura a Fuller’s London Black Stout (R$ 39,90; 500 mililitros). Das três torneiras de chope, uma é reservada para a weiss alemã Paulaner (R$ 16,90 a R$ 45,00, dependendo do tamanho). Para beliscar, prove o ótimo currywurst (R$ 29,90), um salsichão coberto por ketchup temperado com páprica e curry. Bem procurada, a linguiça da diretoria tem pimenta verde no recheio e é uma delícia (R$ 32,00).

O bar
Jobi é point da saideira no Leblon (Redação/Veja Rio)

Jobi: O movimento até altas horas é quase diário — nos fins de semana a farra vai até o amanhecer. No boteco, ponto oficial da saideira no Leblon, boa parte dos boêmios dispensa o pequeno salão, enfeitado com uma pintura de Nilton Bravo, o “Michelangelo dos botequins”, e a varanda. O povo prefere ficar em pé na calçada. O chope Brahma, preferência absoluta, sai por R$ 8,50, na caldeireta, ou R$ 12,00, no copo descartável de 400 mililitros. Depois do primeiro gole, é hora de pensar no que beliscar. Dois hits locais são as empadas, de frango, camarão ou palmito (R$ 7,00 cada uma), e a dupla de sardinhas portuguesas grelhadas, coroadas de cebola, pimentões e salsinha (R$ 30,00). O bolinho de bacalhau (R$ 7,00) foi lembrado com 1 voto para melhor petisco da cidade, nesta edição do COMER & BEBER. Da cozinha também chegam pedidas mais robustas, a exemplo da dobradinha com feijão-branco (R$ 77,00), servida somente nas sextas.

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Kiosque do Português: Boa ideia surgida em um quiosque na Praia do Leblon, o negócio especializado em caipirinhas passou por Lagoon, Copacabana e Jardim Botânico, antes de pousar no Fashion Mall. O acesso pode ser feito pelo 1º piso ou pela varanda, que dá para o lado de fora do shopping. Na parte aberta, aliás, há apresentações musicais, anunciadas nas redes sociais, e uma churrasqueira a postos. Os preparos de carne são vendidos por peso. Há três opções, ancho (R$ 8,50), chorizo (R$ 9,00) e picanha (R$ 9,90) — os preços são da porção de 100 gramas —, que podem ganhar acompanhamentos como farofa de ovo (R$ 18,00) e batata rústica (R$ 25,00). Sucesso antigo, o queijo camembert empanado ladeado por tomates marinados (R$ 48,00) segue no menu. Nas numerosas versões de caipirinha, as misturas de uva com manjericão, caju com limão e tangerina com gengibre são as mais pedidas (R$ 19,00 cada uma). Um drinque chama atenção: é o preparo com vodca orgânica Ocean, trazida do Havaí, maracujá coado, limão, purê de frutas vermelhas, chantili de caipirinha e flocos de ouro comestível na decoração. A brincadeira sai por R$ 49,90.

Noi: Posto avançado da bem-sucedida cervejaria de Niterói, a casa no reduto boêmio da Rua Conde Bernardotte ostenta treze torneiras de chope. Dez são dedicadas à produção própria e as restantes recebem rótulos convidados. Um bom cartão de apresentação é a régua com sete rótulos da Noi em copos de 90 mililitros (R$ 29,90). Mas, se você gosta de sabores extremos, pule direto para a Amara, uma imperial IPA premiada na edição de 2017 do South Beer Cup — espécie de Copa Libertadores da cerveja — com a medalha de prata (R$ 20,90; 360 mililitros). Para acompanhar, há pastéis feitos com massa de malte. Os recheios de carne e queijo saem por R$ 6,20 cada um, enquanto unidades de costela e de camarão custam R$ 6,80. Macio e saboroso, o polvo aperitivo é salteado no azeite e acompanhado de alho assado (R$ 50,90). Outra boa aposta é o burger Noi, um blend de 200 gramas de carnes coberto por queijo, cebolas crocantes, alface e tomate, levado à mesa na companhia de batata canoa (R$ 32,90).

Pabu Izakaya: Esqueça o cream cheese. Salmão e atum até dão pinta por lá, mas a aposta é em peixes menos óbvios: piraúna, prejereba, serra, buri, pargo, olho-de­-cão. Iguarias, como bochecha de peixe frita e glaçada ou uni, a ova de ouriço, volta e meia abastecem o balcão em forma de U deste izakaya, nome dado a um típico boteco japonês. Empreendimento dos chefs Cristiano Lanna e Erik Nako, da Prima Bruschetteria, além de Eduardo Preciado, do Minimok, entre outros sócios, o endereço aberto em fevereiro de 2017 concilia cozinha surpreendente com variada oferta de bebes. A lista de saquês abrilhanta o programa com dezesseis rótulos — o da casa é importado do Japão (R$ 22,00, 180 mililitros). Também há destilados (a dose do uísque Suntory Kabukin sai a R$ 29,00), cervejas artesanais e drinques como o osaka negroni (R$ 23,00), ousada combinação de shochu (destilado japonês), shoyu, bitter de gengibre e óleo de gergelim com Campari e vermute. Para provar o que há de mais fresco no sushi-bar, o sashimi do chef reúne quinze cortes de cinco variedades (R$ 72,00). Outra dica de tira-gosto, o tonkatsu, porco empanado crocante e suculento, é ladeado por deliciosa maionese caseira e saladinha de repolho (R$ 39,00). Kanpai!

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Pizzaria Guanabara: Relíquia do passado boêmio do Baixo Leblon, pouso tradicional para famílias das redondezas, este bar apoia-se mais na nostalgia do que no cardápio. Há lugares no salão, na varanda e na pedra, que é como os funcionários chamam a área com mesas em parte da calçada. O chope Heineken (R$ 7,50, 300 mililitros) substituiu os barris da Brahma. Entre as poucas cervejas em garrafa, sobressai a refrescante witbier carioca Praya (R$ 25,00; 600 mililitros). Bolinho de bacalhau (R$ 32,00) e pastel de camarão (R$ 25,00) são servidos em porções de doze unidades. A estrela dos comes, no entanto, é a pizza macia, com massa que leva leite e creme de leite na receita. Homenagem à Miroir, a sugestão com o nome da extinta boate na Lagoa é coberta por peperone e catupiry (R$ 45,00 a brotinho; R$ 76,00 a gigante, com oito fatias e 40 centímetros de diâmetro). Por lá, a portuguesa não tem pimentão, mas ganha camarão e atum (R$ 40,00 a R$ 78,00). Salvação das ­madrugadas, a fatia no balcão custa R$ 9,00.

Prima Bruschetteria: No cardápio dos sócios e chefs Erik Nako e Cristiano Lanna, as típicas fatias de pão italiano crocantes ganham coberturas criativas e saborosas. A seção de bruschettas traz a clássica caprese (R$ 14,00), com mussarela de búfala, tomate e pesto de manjericão, além de versões mais elaboradas, a exemplo da receita de steak tartare, grana padano e balsâmico (R$ 16,00). No salão de luz baixa e nas mesas bistrô da calçada chegam outras sugestões de petiscos e pratos principais. Da primeira ala, são imperdíveis as coxinhas de risoto com presunto de Parma e mussarela (R$ 27,00, duas unidades) e o bife à milanesa em crosta de grana padano com barbecue de balsâmico (R$ 34,00). Opção mais consistente, o risoto de cordeiro com creme de pecorino é um hit (R$ 59,00). O vinho da casa, em pichets de 250 (R$ 26,00) ou 500 mililitros (R$ 49,00), sai aos montes. Para quem for explorar a carta de drinques, fica a dica: vá direto no gingerberry, combinação de gim Bulldog, amora, rum, limão e gengibre (R$ 32,00).

Riba: agito no Leblon (Anna Fischer/Divulgação/Divulgação)

Riba: Projeto bem bolado, cuja rápida expansão surpreendeu em tempos de crise, tem matriz concorrida no Leblon. O espaço interno mistura ladrilhos hidráulicos e estrutura de metal. No cardápio, versões estilizadas de pratos de botequim dividem espaço com suculentos sanduíches. Da primeira leva, prove a linguiça artesanal com farofa crocante e delicioso jiló acebolado (R$ 48,00). Um carro-chefe traz recheio de costela desfiada com broto de agrião e tomate confit no pão integral (R$ 32,00). São dois os chopes da casa: pilsen (R$ 9,00, 200 mililitros; R$ 11,00, 300 mililitros) e lager (R$ 10,50 e R$ 13,00). Em garrafa, há um terceiro estilo próprio: a IPA (R$ 17,00, 355 mililitros). Em março de 2017, abriu as portas uma imponente filial na esquina das ruas Garcia d’Ávila e Barão da Torre. Nos dois endereços e em um quiosque do Leblon, a carta de drinques traz criações do mixologista argentino Tato Giovannoni. Dica: o fresco de coco, feito de gim Amázzoni, água de coco, caldo de cana e suco de limão (R$ 32,00).

Sabor D.O.C.: Marcelo Malta é um dos principais fornecedores de carnes e peixes da cidade — abastece restaurantes conhecidos, como o Olympe, o Irajá e o Puro. Em seu pequenino reduto, ele serve ótimas opções de entradas e sanduíches. O steak tartare (R$ 35,00) e o ceviche de peixe do dia (R$ 40,00) são escolhas sem erro. Preparado no defumador, o brisket, ou peito de boi, passa horas na lenha antes de rechear o sanduíche ou coroar uma bruschetta (R$ 35,00 cada pedido). Para preparar lá mesmo uma das carnes raras da geladeira, é cobrada uma taxa de R$ 20,00, além do valor da peça. Cortes da raça 481, como chorizo (R$ 140,88 o quilo), assado de tira (R$ 119,46) e picanha (R$ 170,46), estão entre os mais procurados. Para beber, a long neck básica, das marcas Original e Serramalte (R$ 9,00 cada uma), divide espaço com rótulos especiais como a witbier Praya (R$ 30,00; 600 mililitros) ou a americana Goose Island IPA (R$ 30,00; 355 mililitros). Também há opções de vinho em uma carta enxuta. Fique de olho: até o fim do ano Malta abre seu segundo endereço no ponto do Jardim Botânico onde funcionou a filial do Entretapas.

Alheira com ovo frito (R$ 50,00) e sangria (Selmy Yassuda/Veja Rio)

Sassá: No ponto onde funcionou durante dois anos o estabelecimento tocado por seu pai — o El Gordo, sucesso em outras praças que, no Rio, deu mais o que falar pelo temperamento do dono, o português Nuno Almeida —, Salvador trocou o nome e a decoração, arejando o ambiente. Do extenso menu antigo, restaram hits como a alheira, embutido à base de carne de aves e pão, frita, coroada com ovo de gema mole (R$ 50,00), e o croquete de leitão ao molho de hortelã (R$ 25,00, quatro unidades). A esses petiscos, somaram-se os cogumelos-de-paris salteados no vinho branco, cobertos por fatias de jamón serrano. A seção de sangrias também é herança bendita: a versão com vinho rosé, limão, canela, abacaxi e Aperol é super­-refrescante (R$ 75,00, 750 mililitos). Sugestão de drinque, o tangin reúne gim, tangerina e água tônica (R$ 32,00). Há ainda o vinho da casa, em jarras de 250 (R$ 30,00), 500 mililitros (R$ 58,00) ou 1 litro (R$ 88,00). Aviso: há jazz ao vivo nas noites de quarta e samba aos domingos.

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Carré de cordeiro do Stuzzi (Divulgação)

Stuzzi: O nome é uma abreviação de stuzzichini, versão italiana para tapas espanholas ou, vá lá, tira-gostos brasileiros. Nas mesas do salão de luz baixa, na varanda ou em pé na calçada são provadas as excelentes pedidas do cardápio, elaborado pela chef e sócia da casa, Paula Prandini. O trio de arancini (R$ 40,00) traz bolinhos de risoto ao lado de chutney de tomate, recheados de ragu de carne, de camarão com mascarpone e de mussarela de búfala com presunto. Outra dica é o delicioso polvo grelhado com salada de batata e mostarda de Dijon (R$ 48,00). Para fomes maiores, há pratos como o carré de cordeiro em crosta de avelã e alecrim, guarnecido de risoto de funghi trufado (R$ 95,00). Johnny Araújo comanda o bar, onde se prepara o zafferano, feito com gim Saffron, bitter de pêssego, grapefruit, tônica citrus e sour mix (R$ 37,00). Na jarra de 1 litro, o stuzzi spritz combina vinho branco, mix de frutas, licor de tangerina e Campari (R$ 82,00). Aviso: de quarta a sábado, a badalação local ganha o reforço de um DJ.

Tropeço: Sócios de um dos mais tradicionais restaurantes do Leblon, o Degrau, ocuparam o imóvel vizinho com um simpático botequim. Os famosos pastéis da antiga casa estão no cardápio dos dois endereços. Sabores comuns, como queijo com cebola (R$ 5,20 a unidade; R$ 28,00 a porção com seis) e camarão com catupiry (R$ 6,80 e R$ 36,00), dividem espaço com invenções, a exemplo do recheio de filé­-mignon e cheddar (R$ 6,80 e R$ 36,00). Os salgados fazem companhia para o chope Brahma (R$ 8,60 a tulipa) ou a linha de cervejas da Colorado, que traz a Indica, uma IPA com adição de rapadura (R$ 23,00; 600 mililitros). Entre as porções mais fornidas, o camarão boêmio, empanado em massa de tempurá com cerveja, servido ao molho tártaro (R$ 69,80), e a costelinha de porco com molho barbecue e aipim frito (R$ 37,40) são pedidas certeiras.

+ Saiba quais são os principais bares de Cosme Velho e Laranjeiras

Veloso: Após três meses fechado para reformas, o concorrido reduto de azaração reabriu em janeiro de 2016 com novidades. Repaginada, a casa ganhou tratamento acústico, novos banheiros e grafites nas paredes. Entre os reforços do cardápio, há pizzas, hambúrgueres, crostini e espetadas, como a de filé, acompanhada de farofa e molho à campanha (R$ 39,00). O mixologista Alex Mesquita assina criações etílicas, a exemplo do clericot de espumante, Cointreau, lima-da-pérsia, maçã verde e pêssego (R$ 89,00; 1,5 litro).

Venga!: Na pequenina matriz do Leblon, na espaçosa filial de Ipanema ou no Chiringuito, versão mais focada nos frutos do mar localizada em Copacabana, o bar se dedica aos sabores espanhóis em pequenas porções — as famosas tapas. São incontornáveis as croquetas de jamón de casquinha crocante e interior cremoso (R$ 9,00 a unidade; R$ 32,00 a porção com quatro). O salteado de setas, mix de cogumelos coroados por ovo de gema mole, custa R$ 26,00. Para beber, são boas pedidas o gim-tônica venga, que leva citronela, laranja e grapefruit (R$ 29,00), e o maria sangrienta, tradução livre para o clássico bloody mary, suco de tomate temperado com vodca (R$ 29,00). Em mesas numerosas, a sangria é boa saída. Batizada com o nome da casa, uma das cinco versões locais reúne vinho branco, refrigerante de limão, licor de laranja e frutas da estação (R$ 52,00, meio litro; R$ 72,00, 1 litro).

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Vinil: clássicos do pop e do rock na trilha sonora (Felipe Fittipaldi)

Vinil: O nome entrega a época que rege a atmosfera deste elegante bar. São 140 as capas de disco expostas nas paredes, enquanto as TVs ecoam clássicos do pop rock dos anos 60, 70 e 80 para receber o público acima dos 30. Além da música, as estrelas são os mais de vinte drinques preparados pelo colombiano Richard Tafur, a exemplo do levemente apimentado west hot west (R$ 33,00), com tequila, xarope, limão, alecrim e Cointreau, mais infusão de limão-siciliano e tabasco. O revolution mojito (R$ 43,00) é uma releitura refrescante com gim Hendrick’s no lugar do rum. No cardápio, assinado pela chef Joana Carvalho, do Jojô Café Bistrô, encontram-se sanduíches e comidinhas, como o salmão gravlax com blinis e sour cream (R$ 49,00).

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