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EUA afirmam que TelexFree é pirâmide e arrecadou US$ 1 bi no mundo

Em documento divulgado nesta terça-feira, o Estado de Massachusetts exige fim da operação da empresa e ressarcimento aos investidores

Por Naiara Infante Bertão
15 abr 2014, 22h28

A Divisão de Valores Mobiliários da Secretaria de Estado de Massachusetts, onde a TelexFree está sediada, descreveu em um longo documento de 50 páginas como a empresa pode ser facilmente identificada como um esquema de pirâmide financeira. Divulgado nesta terça-feira, o documento pede que a empresa pague uma multa (a ser definida) pelas práticas fraudulentas e que ressarça todos os investidores que tiveram prejuízos no Estado americana.

“A TelexFree é apenas um velado esquema de pirâmide financeira cujo foco foi a comunidade de trabalhadores dos Estados Unidos e do Brasil”, assinou o representante principal da Secretaria, Patrick Ahearn. O texto ainda traz a informação de que apenas no Estado americano a empresa chegou a levantar aproximadamente 90 milhões de dólares com divulgadores. No mundo todo, em especial nesses dois países, a empresa arrecadou 1 bilhão de dólares. A TelexFree está sob investigação desde o ano passado por prática de pirâmide no Brasil, com os bens bloqueados e impedida de funcionar por uma decisão da Justiça do Acre.

“Apesar do capital ser impressionante, as operações da TelexFree são insustentáveis, sem um fluxo contínuo de capital novo”, diz o relatório. “A base financeira da empresa é o recrutamento de novos membros e a postagem de anúncios na internet e não a venda de serviços de telecomunicação por Voip”, acrescenta para, em seguida, descrever o esqueleto dessa pirâmide. “Mesmo sem ter de vender um Voip, o participante tem um retorno garantido de 200% a 250%.”

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Em 2012 e 2013, a TelexFree comercializou 4.845.576 de programas Voip, rendendo pouco mais de 238,39 milhões de dólares, um faturamento bem menos substancial do que a entrada de novos participantes. “O fundador da TelexFree, Calor Wanzeler, contudo, não conseguiu identificar o número de Voips vendidos para pessoas que não são divulgadoras”, diz o texto, considerado esse mais um indício do esquema fraudulento.

No texto consta ainda o destaque para a participação de um divulgador em especial, Sann Rodrigues, que já fui acusado de prática de pirâmide nos EUA em 2006.

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Vale ainda ressaltar que a autoridade americana descobriu que Carlos Costa, diretor da Ympactus (nome real da subsidiária brasileira da TelexFree) embolsou 3 milhões de dólares no ano passado quando vendeu sua participação no grupo americano.

“As operações da TelexFree tornaram-se um risco que as instituições financeiras não estão mais dispostos a suportar”, finaliza o sumário do estado americano.

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