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Hospital baiano perde funcionários vencedores da Mega-Sena

Mais da metade dos funcionários dividiu prêmio de 56 milhões de reais. Hospital trabalha em escala especial

Por Da Redação
10 jan 2014, 15h25

A Secretaria de Saúde de Teofilândia, cidade de 23.000 habitantes no sertão baiano, localizada a 194 quilômetros de Salvador, ganhou um problema na virada do ano. Dos 42 funcionários que trabalham no Hospital Waldemar Ferreira de Araújo, único do município, mais da metade – 22 pessoas – não aparece para trabalhar desde o dia 1º de janeiro. Para “azar” da Secretaria de Saúde, esse grupo acertou a Mega-Sena da Virada.

O bolão dos 22 funcionários foi uma das quatro apostas vencedoras e rendeu ao todo 56,17 milhões de reais. Quem investiu 10 reais recebeu como premiação 4,32 milhões de reais. Já quem apostou apenas 5 reais ficou com metade da bolada (2,16 milhões de reais). O prêmio pago aos funcionários sortudos do hospital é maior do que toda a arrecadação anual da pequena Teofilândia, que soma 42 milhões de reais.

Para que o hospital mantenha o funcionamento, os servidores que ainda batem ponto diariamente têm de elaborar uma escala especial. Servidores da secretaria de saúde tiveram de ser remanejados para manter a rotina do local. “O hospital continua funcionando normalmente”, diz. “Vamos providenciar a substituição dos servidores que decidirem se licenciar ou se exonerar.”

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Desfalques – Na lista dos ganhadores está o diretor-administrativo da unidade, Valdemir Assis Santos, quatro dos funcionários da limpeza, cinco técnicas de enfermagem, cinco motoristas, três seguranças, duas cozinheiras, uma enfermeira e uma recepcionista. Desses, apenas Santos pediu exoneração, segundo a secretária de Saúde do município, Núbia Rios Leite.

“Quatro deles eram funcionários temporários, que tinham contratos vencendo no dia 31 e já não viriam trabalhar a partir do dia 1º”, conta a secretária. “Além deles, sabíamos que outros três, que estavam com férias agendadas para janeiro, não viriam. Recebemos seis pedidos de licença não remunerada, que já foram concedidas, mas ainda há oito funcionários que não apareceram, nem justificaram a ausência”, diz Núbia.

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O setor mais desfalcado foi o de motoristas. Dos seis funcionários encarregados de dirigir carros e ambulâncias, apenas um ficou fora do bolão – e, ainda assim, por não estar na cidade no dia que a aposta foi feita. “Tive de viajar e os colegas preferiram adiantar a aposta, por isso fiquei de fora”, conta Antônio de Jesus Matos, de 41 anos. “Quando soube (do resultado), fiquei abatido, mas estou torcendo por eles. Deus faz as coisas no tempo certo.”

Segurança – A lotérica na qual o jogo vencedor foi feito, a única da cidade, localizada no centro, foi assaltada duas vezes no último ano. “Temos enfrentado um problema de segurança”, admite o prefeito Adriano de Araújo (PT). “Tivemos uma onda de assaltos no ano passado e estamos reivindicando aumento do efetivo policial na cidade, mas não tivemos retorno da Secretaria de Segurança Pública.” Trabalham na cidade oito policiais militares, em regime de revezamento, três policiais civis – dois agentes e um escrivão – e o delegado, Getúlio Queiroz.

(Com Estadão Conteúdo)

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