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Segundo estudo, AVC pode atingir fumante uma década antes do que quem não fuma

Além disso, fumar dobra o risco de sofrer acidente vascular isquêmico e aumenta em quatro vezes a chance de um derrame hemorrágico

Por Da Redação
3 out 2011, 18h59

Fumantes não só têm o dobro de chance de sofrer AVC como também são quase dez anos mais novos do que não fumantes quando têm esse problema. Foi essa a conclusão que chegou um estudo apresentado hoje no Congresso Canadense de Acidente Vascular Cerebral, em Ottawa.

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Acidente isquêmico transitório (AIT)

É um sinal antecipado do acidente vascular cerebral isquêmico iminente. É caracterizado pelo fornecimento inadequado de sangue a uma parte do cérebro durante um curto período de tempo. Diferente do AVC, o tecido cerebral não morre, já que o fornecimento do sangue logo se reestabelece.

Acidente vascular cerebral isquêmico

Corresponde a cerca de 80% dos casos de AVC. É caracterizado pela obstrução de uma artéria, que faz com que o sangue deixe de levar às células do cérebro quantidade suficiente de oxigênio e glicose.

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Acidente vascular cerebral hemorrágico

Corresponde aos outros 20% dos casos de AVC. É uma lesão do tecido cerebral provocada por uma hemorragia no interior do crânio. Esse sangramento acontece com a ruptura de um vaso sanguíneo, afetando o fluxo normal do sangue e fazendo com que ele se espalhe no tecido cerebral.

A pesquisa, feita em uma clínica de prevenção em Ottawa, analisou, entre janeiro de 2009 e março de 2011, 982 pacientes que haviam sofrido AVC. Entre eles, 264 eram fumantes. Os pesquisadores observaram que a idade média entre quem fumava ao sofrer derrame cerebral era de 58 anos, enquanto a dos não fumantes era de 67 anos.

Além disso, o estudo, liderado pelos pesquisadores Mike Sharma e Robert Reid, médicos do Hospital Ottawa, constatou que fumantes têm o dobro de risco de sofrerem um acidente vascular cerebral isquêmico e quatro vezes mais chances de terem um AVC hemorrágico do que a população não fumante.

Andrew Pipe, médico do Instituto do Coração da Universidade de Ottawa e um dos autores do estudo, explica que pacientes que tiveram um acidente isquêmico transitório (AIT) apresentaram dez vezes mais chances de sofrerem um derrame mais grave, especialmente se continuavam a fumar.

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“As informações desse estudo sublinham a relevância de ajudar as pessoas a pararem de fumar. Além disso, a pesquisa é um alerta para a comunidade da neurologia sobre a importância de abordar o problema do tabagismo em pacientes que tiveram derrame”, explica Pipe.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, há mais de um bilhão de fumantes ao redor do mundo. O tabaco, ainda segundo a OMS, mata cinco milhões de pessoas por ano e é responsável por 71% das mortes causadas por câncer de pulmão e 42% das mortes em decorrência de doenças respiratórias crônicas.

Já no Brasil, de acordo pesquisa do Ministério da Saúde junto ao Instituto Nacional do Câncer, 18,8% da população é fumante e cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos no país devido ao tabagismo.

“Esse estudo destaca o importante papel do fumo nos derrames. É possível prevenir o AVC: parar de fumar, controlar a pressão sanguínea, seguir uma dieta saudável e ser ativo fisicamente reduz o risco do problema”, explica Sharma.

Segundo os pesquisadores, ao parar de fumar, o risco de uma pessoa sofrer derrames e doenças cardíacas diminui e, entre 18 meses e dois anos, se assemelha a de um não fumante.

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