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PGR vai investigar doações de empreiteiras a partidos

Segundo o jornal 'Folha de S. Paulo', MP fará varredura em ao menos R$ 62,6 mi em doações eleitorais oficiais em busca de irregularidades

Por Da Redação
23 mar 2015, 07h31

Depois que delatores da Lava Jato indicaram que dinheiro desviado na Petrobras foi usado para abastecer o caixa de campanha de partidos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai investigar ao menos 62,6 milhões de reais em doações eleitorais declaradas à Justiça em busca de irregularidades. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. A suspeita é de que parte da propina foi repassada pelas empreiteiras a políticos disfarçadas de doações oficiais de campanha.

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Segundo o jornal, a varredura do Ministério Público será realizada nas contas de 2010 de partidos e políticos citados na lista do petrolão. Serão investigados 32,8 milhões de reais em doações de empreiteiras para o PMDB, 9,8 milhões de reais para o PT e 9 milhões de reais ao PSDB. Outros repasses para ao menos quinze políticos, em valores que somam carca de 11 milhões de reais, também serão averiguados.

Ainda de acordo com a Folha, a PGR cita “vultuosos valores” doados por empresas ligadas ao petrolão a Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O documento também pede que sejam investigados os repasses de empreiteiras à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e menciona que os 9 milhões de reais doados pela Queiroz Galvão ao PSDB “merecem registro”. Segundo o jornal, a menção aos tucanos se dá em trecho que cita o ex-presidente da legenda Sérgio Guerra. Em delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que o então presidente do PSDB o teria procurado em 2010 e cobrado 10 milhões de reais para enterrar a CPI da Petrobras aberta no Senado no ano anterior.

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Nem todos os citados no petrolão, porém, terão as doações examinadas. O jornal menciona os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Ciro Nogueira (PP-PI) como exemplos de políticos que receberam contribuições de empreiteiras envolvidas na Lava Jato, mas não tiveram pedido de investigação aberto pela PGR.

Doações suspeitas – Em seu depoimento, o doleiro Alberto Youssef contou que as empresas faziam doações legais para campanhas eleitorais, mas com dinheiro vindo de contratos superfaturados com a Petrobras. Outro delator, o vice-presidente comercial da construtora Camargo Corrêa, Eduardo Leite, relatou que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pediu que uma dívida de propina superior a 10 milhões de reais fosse quitada por meio de doações oficiais.

Em depoimento à CPI da Petrobras, o delator Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da estatal, também colocou as contas do PT no centro do escândalo de corrupção: ele afirmou à comissão que foram solicitados 300.000 dólares do megaesquema de lavagem de dinheiro para serem injetados na campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2010. Em acordo de delação premiada, o executivo já havia apresentado uma estimativa de Vaccari ter recebido de 150 a 200 milhões de dólares em propina entre 2003 e 2013.

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